2005-10-14

20051014 - OsBancários e as Reformas


Ainda me lembro das histórias antigas de como garantir uma boa vida...

Quem tinha cunhas, ia para a função pública. Estava garantida a estabilidade e carreira profissional e a boa reforma (por inteiro e bem cedo);
Quem não tinha cunhas e não sabia fazer nada, alistava-se na tropa. Estava garantida a estabilidade e carreira profissional, a reforma por inteiro cedinho e com calma e paciência, ainda se chegava a Major ou outra coisa qualquer;
Quem não tinha cunhas mas tinha algum juízo, ia para bancário. Estava garantido tudo e mais alguma coisa, incluindo as famosas consultas de dentista para toda a família, óculos graduados e escuros para toda a família, para aí 25 ou mais dias de férias, etc, etc...

Até à poucos anos, os bancos precisavam ( e precisavam mesmo) de muitos funcionários. Era tudo feito à mão, etc. etc.
Muitos a descontar para um regime independente de Seg Social (não me lembro agora do nome próprio da instituição) dava muito dinheiro para os luxos todos que conhecemos...

AGORA, A REALIDADE É OUTRA.

Agora, com a informatização e fusão de tudo o que é banco, aquilo trabalha quase sózinho. A mão de obra bancária não é renovada para aí à 10 anos. Os velhos vão saíndo e não entram novos.
Qual é uma das consequências??? Já há mais bancários aposentados do que bancários no activo.

Agora, o BPI propôs «um novo modelo social do sector bancário», que assenta sobretudo na integração no regime geral da Segurança Social e o no Serviço Nacional de Saúde, dos trabalhadores contratados futuramente pelos bancos.
Enquanto for só para os novos funcionários, não está nada mal. Durante uns anos, vamos ter nova gente a descontar para a nossa SegSocial e só daqui a mais de 30 anos é que se reformam.
Problemático vai ser quando quiserem mudar os outros (os antigos) também. De um momento para o outro, a nossa SegSocial apanha com para aí 500 mil aposentados e 200 mil contribuintes (contas minhas - especulativas).

Pois é. Enquanto era bom, quiseram andar a MAMAR sózinhos. Agora que está mau, querem vir MAMAR do meu...

Josué Ramos

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